15.7.08

A DEMOCRACIA PURA


por J. Vasconselos (é professor e pesquisador, pós graduado em Direito Constitucional, Socialismo e Democracia, em Hamburgo, com cursos na Sorbone,Paris, sobre História Natural do homem. Tem desenvolvido pesquisas sobre a produção de idéias em prosseguimento aos estudos de Locke e Stuart)

Democracia Pura é o processo em que possibilita ao povo se autogovernar, sem intermediários. Desde que pessoas comuns do povo possam participar pessoas comuns do povo possam participar das decisões máximas de sua sociedade ou exercer cargos de chefias administrativas e judiciárias, então podemos considerar que esteja se processando a democracia pura.
Esse processo pode ser exercido plenamente numa comunidade ou nação quando a forma de governo for unicamente formatizada pelos sistemas da democracia pura. E assim denominamos de democracia pura plena. Entrementes, esse processo pode também se materializar parcialmente. Embora a forma de governo seja uma monarquia absoluta, ou uma oligarquia, pode conter dentro dela um processo que está possibilitando, mesmo que parcialmente, a participação do povo nos atos de decisão do governo, ou que membros do povo possam estar exercendo cargos de chefias administrtivas judiciárias.
Ao contrário do que vemos hoje com a Representação Política, na democracia representativa, o povo não dispõe de meios que possibilitem participar das decisões da nação. Os seus direitos estão totalmente alienados aos políticos profissionais que se arvoram como seus "representantes" e somente eles podem decidir sobre assuntos nacionais e comunitários. Não há nenhum tribuno para para contestar atos de privilégio e discriminatórios ao povo. O Ministério Público é um órgão nada democrático. Trata-se de uma intituição Aristrocática que engloba 4 elementos que são inimigos mortais da democracia: nomeação da chefia pelo Executivo; vitalicidade dos cargos; autocontrole das funções e foro privilegiado. [eu me indigno!!!]
Ora, um órgão dessa natureza não pode desempenhar uma missão de defesa do povo. Por isso que os atos de políticos profissionais, em cargos de legisladores e de executivos, são absolutos e impunes. Se os políticos profissionais resolvem criar mordomias, favorecimentos, apadrinhamentos e leis que os favorecem, o povo não tem como contestar. Não há figura como os tribunos romanos, para impedir tais atitudes. Aumentam as suas mordomias e remunerações, estabelecem emendas orçamentárias para servir-se do dinheiro público, cometem ações de corrupção, geram oportunidades maiores a correligionários no aumento de cadeiras das câmaras municipais, votam contra investimentos em pesquisas científicas, estabelecem verbas indenizatórias para obter maiores ganhos e assim por diante.
Pode o povo dizer algo, participar e ser contra tais absurdos? Não, porque não há um processo de democracia pura para o povo intervir e mudar as decisões. E o Ministério Público, como elucidamos, não é um órgão do povo. Não há nele integrantes do povo, mas tão somente aristocratas VITALÍCIOS (!!!) e blindados, cujas chefias maior foi INDICADA (!!!) pelo chefe do Executivo. Em conclusão, não há na democracia representativa a mínima chance de o povo poder participar das decisões nacionais e do governo.
O chefe do Executivo é um indivíduo que, embora possa ter origem popular, é investido nas funções por meio de eleições que são manipuladas pela propaganda e pelo marketing, ou seja, são produtos de um método demagógico vinculado a grupos e não ao povo.
O processo da Democracia Pura plena foi vivenciado pelas sociedades humanas durante milhares de anos na pré-história, por meio de sua democracia natural (...). Com o advento das superstições, mitos, tabus e crenças , que enjaularam o pensamento humano, ocorrido entre 20 a 10 mil anos atrás, que deram origem a idolatrias, adorações, distinções sociais, endeusamento de líderes guerreiros e espirituais, separações de classes, acúmulo de riquezas para alguns, esfacelou-se a Democra Pura, e surgiu a teocracia com o poder concentrado nas mão de um sacerdote. Daí para frente, o povo não mais participaria das decisões das comunidades.. Somente vigorariam os desejos dos líderes que sacramentavam suas decisões sob o pretexto de intervençõess divinas.
(...)


o texto tem 5 páginas frente e verso.. o q postei aqui é apenas a primeira face da primeira folha... estou com preguiça de digitar o resto do texto (ele fala como funcionaria a democracia pura numa sociedade com taaaaanta gnt, dá soluções a outros problemas, e critica os partidos políticos, entre outras coisas). Se alguém quiser ler o resto, é só pedir q eu posto o que falta, ou então ler o livro dele( q ainda não li, mas qm sabe um dia desse
s?) : VASCONSELOS, J. , Democracia Pura, editora: Nobel (tem só 188 pg, dá pra ler num domingo)

(desenho do Blu)