Por Vaz Pinheiros:
O zoólogo inglês Desmond Morris despe o Homo sapiens de seus destaques biológicos e manifestações culturais e descreve aspectos de seu comportamento social, sexual, alimentar entre outros. Desta forma Morris aproxima a espécie humana de seus antepassados imediatos e afirma que apesar de estar na crista da evolução o ser humano não está tão distante quanto parece.
O documentário apresentado pelo comediante Robin Williams vem apresentar com uma boa dose de humor uma série de informações sobre golfinhos. São visitadas várias pesquisas que vem sendo desenvolvidas com golfinhos e durante aproximadamente uma hora de documentário vários aspectos comportamentais dos mesmos são citados e demonstrados.
Durante sua descrição do macaco nú Morris o compara por inúmeras vezes com símios e primatas de uma forma geral e embora consiga por muitas vezes traçar paralelos muito claros, acabam sempre por estagnar seu desenvolvimento pela baixa capacidade cerebral. Várias pesquisas com primatas, em especial com os chimpanzés, demonstram sua dificuldade de comunicação e abstração ou simbolização. Estas dificuldades são intensamente utilizadas por Morris para demonstrar a evolução humana.
Embora o nó evolutivo que ligue os golfinhos ao ser humano esteja muito distante (muito mais distante dos que com os símios e primatas) e que as estratégias evolutivas de ambos sejam muitos distintas, estas duas espécies parecem terem sofrido algumas pressões ambientais que as levaram a um desenvolvimento relativamente parecido de alguns aspectos comportamentais. Nestes casos embora a evolução tenha sido paralela, os golfinhos vem se apresentar muito mais aptos a se comunicar e simbolizar do que os símios e primatas que estão tão próximos dos seres humanos na escala evolutiva.
Fatores relacionados com a capacidade de comunicação e simbolização e algumas implicações destes nos comportamentos sociais, sexuais e alimentares, entre outros, serão discutidos neste seminário. Embora limitações de tempo e principalmente de conhecimento de minha parte não permitam que nos aprofundemos muito nesta discussão, a simples apresentação do tema já se torna válida, ficando detalhes e discussões mais profundas a cargo do forte instinto exploratório (mais uma faceta da sua evolução neotênica) que é crucial na espécie humana.
Como o documentário audiovisual será apresentado no início do seminário optei por trabalhar a discussão na ordem em que a informações pertinentes vão surgindo no mesmo. O documentário será apresentado sem interrupções, e a apresentação subseqüente tentará traçar o paralelo com as observações de Morris e os informações contidas no documentário. Estas informações serão na medida do possível agrupadas nos tópicos de discussão do livro “O Macaco Nú”.
Inicialmente os primatas precursores da espécie humana viviam em florestas, e por alterações ambientais tiveram que migrar para as planícies recobertas por formações vegetais mais esparsas como as savanas e pradarias. Várias teorias são apresentadas para caratcterizar esta passagem, e em paralelo tentar explicar o motivo pelo qual os antepassados da espécie humana teriam perdido os pelos do corpo, conservando-os apenas na cabeça. Uma destas teorias propõe que estes teriam passado por uma etapa intermediária na água, no litoral, onde a imersão do corpo (menos da cabeça, por nessecidade de respirar) teria ocasionado a queda evolutiva dos pelos. Esta teoria é ainda reforçada pela existência de diversas pilosidades nas costas do homem, que são hidrodinâmicas.
Os antepassados dos golfinhos por sua vez são os mesmos antepassados dos bovinos, a opção pelo ambinete aquático, moldou após séculos de evolução um animal inteligente, sociável, curioso e criativo. Caracteristicas que não se desenvolveram em espécies mais próximas do golfinhos na escala evolutiva.
Os golfinhos, bem como o homem e alguns primatas, se incluem no seleto grupo dos animais que fazem sexo por prazer. No ser humano resulta de uma estratégia evolutiva para aumentar a recompensa decorrente da relação monogâmica “adotada” pelos primatas, sendo originalmente caracteristica de carnívoros. Outra caracteristica que se apresenta comum nas duas espécies, e na espécie humana está relacionada com a mesma estratégia evolutiva citada acima e a ampliação do periodo em que a fêmea está apta a fazer sexo, este periodo costuma se mais restrito em outras espécies.
O documento audiovisual sobre golfinhos demonstra o cuidado dos pais sobre a prole, nos humanos isto também ocorre em função da neotenia. Acredita-se que o prolongamento que caracteristicas fetais (neotenicas) teriam propiciado um maior desenvolvimento mental, e conseqüentemente mais facilidade para a comunicação e aprendizado de linguagens. Nota-se uma incrível facilidade de comunicação nas duas espécies.
A exploração e o conhecimento do território, era uma necessidade dos primatas que passavam de uma hábito nômade para sedentário. A necessidade fugir e se esconder de predadores também aumentava nas áreas com vegetação mais aberta das planícies. Como resultado observa-se hoje uma curiosidade e um grande interesse pelo desconhecido na espécie humana.
Estudos desta natureza vem demonstrar que o homem apesar do verniz tecno-cultural conserva uma série de instintos animais. Na busca das razões pelas quais o homem progride tecnológicamente de forma insaciável e excitante retomamos a aspectos desenvolvidos sob estratégias de sobrevivência de espécies precursoras à humana. Se o desenvolvimento tecnológico e cultural das sociedades não permitir a manutenção dos instintos biológicos fundamentais humanos, respeitando aspectos da herança evolutiva, nossa refinada existência pode ser sufocada por uma complexa angustia cuja nenhuma doutrinação cultural, social ou religiosa poderá saciar.
O documentário apresentado pelo comediante Robin Williams vem apresentar com uma boa dose de humor uma série de informações sobre golfinhos. São visitadas várias pesquisas que vem sendo desenvolvidas com golfinhos e durante aproximadamente uma hora de documentário vários aspectos comportamentais dos mesmos são citados e demonstrados.
Durante sua descrição do macaco nú Morris o compara por inúmeras vezes com símios e primatas de uma forma geral e embora consiga por muitas vezes traçar paralelos muito claros, acabam sempre por estagnar seu desenvolvimento pela baixa capacidade cerebral. Várias pesquisas com primatas, em especial com os chimpanzés, demonstram sua dificuldade de comunicação e abstração ou simbolização. Estas dificuldades são intensamente utilizadas por Morris para demonstrar a evolução humana.
Embora o nó evolutivo que ligue os golfinhos ao ser humano esteja muito distante (muito mais distante dos que com os símios e primatas) e que as estratégias evolutivas de ambos sejam muitos distintas, estas duas espécies parecem terem sofrido algumas pressões ambientais que as levaram a um desenvolvimento relativamente parecido de alguns aspectos comportamentais. Nestes casos embora a evolução tenha sido paralela, os golfinhos vem se apresentar muito mais aptos a se comunicar e simbolizar do que os símios e primatas que estão tão próximos dos seres humanos na escala evolutiva.
Fatores relacionados com a capacidade de comunicação e simbolização e algumas implicações destes nos comportamentos sociais, sexuais e alimentares, entre outros, serão discutidos neste seminário. Embora limitações de tempo e principalmente de conhecimento de minha parte não permitam que nos aprofundemos muito nesta discussão, a simples apresentação do tema já se torna válida, ficando detalhes e discussões mais profundas a cargo do forte instinto exploratório (mais uma faceta da sua evolução neotênica) que é crucial na espécie humana.
Como o documentário audiovisual será apresentado no início do seminário optei por trabalhar a discussão na ordem em que a informações pertinentes vão surgindo no mesmo. O documentário será apresentado sem interrupções, e a apresentação subseqüente tentará traçar o paralelo com as observações de Morris e os informações contidas no documentário. Estas informações serão na medida do possível agrupadas nos tópicos de discussão do livro “O Macaco Nú”.
Inicialmente os primatas precursores da espécie humana viviam em florestas, e por alterações ambientais tiveram que migrar para as planícies recobertas por formações vegetais mais esparsas como as savanas e pradarias. Várias teorias são apresentadas para caratcterizar esta passagem, e em paralelo tentar explicar o motivo pelo qual os antepassados da espécie humana teriam perdido os pelos do corpo, conservando-os apenas na cabeça. Uma destas teorias propõe que estes teriam passado por uma etapa intermediária na água, no litoral, onde a imersão do corpo (menos da cabeça, por nessecidade de respirar) teria ocasionado a queda evolutiva dos pelos. Esta teoria é ainda reforçada pela existência de diversas pilosidades nas costas do homem, que são hidrodinâmicas.
Os antepassados dos golfinhos por sua vez são os mesmos antepassados dos bovinos, a opção pelo ambinete aquático, moldou após séculos de evolução um animal inteligente, sociável, curioso e criativo. Caracteristicas que não se desenvolveram em espécies mais próximas do golfinhos na escala evolutiva.
Os golfinhos, bem como o homem e alguns primatas, se incluem no seleto grupo dos animais que fazem sexo por prazer. No ser humano resulta de uma estratégia evolutiva para aumentar a recompensa decorrente da relação monogâmica “adotada” pelos primatas, sendo originalmente caracteristica de carnívoros. Outra caracteristica que se apresenta comum nas duas espécies, e na espécie humana está relacionada com a mesma estratégia evolutiva citada acima e a ampliação do periodo em que a fêmea está apta a fazer sexo, este periodo costuma se mais restrito em outras espécies.
O documento audiovisual sobre golfinhos demonstra o cuidado dos pais sobre a prole, nos humanos isto também ocorre em função da neotenia. Acredita-se que o prolongamento que caracteristicas fetais (neotenicas) teriam propiciado um maior desenvolvimento mental, e conseqüentemente mais facilidade para a comunicação e aprendizado de linguagens. Nota-se uma incrível facilidade de comunicação nas duas espécies.
A exploração e o conhecimento do território, era uma necessidade dos primatas que passavam de uma hábito nômade para sedentário. A necessidade fugir e se esconder de predadores também aumentava nas áreas com vegetação mais aberta das planícies. Como resultado observa-se hoje uma curiosidade e um grande interesse pelo desconhecido na espécie humana.
Estudos desta natureza vem demonstrar que o homem apesar do verniz tecno-cultural conserva uma série de instintos animais. Na busca das razões pelas quais o homem progride tecnológicamente de forma insaciável e excitante retomamos a aspectos desenvolvidos sob estratégias de sobrevivência de espécies precursoras à humana. Se o desenvolvimento tecnológico e cultural das sociedades não permitir a manutenção dos instintos biológicos fundamentais humanos, respeitando aspectos da herança evolutiva, nossa refinada existência pode ser sufocada por uma complexa angustia cuja nenhuma doutrinação cultural, social ou religiosa poderá saciar.