19.6.08



De um texto do Ignácio Ramonet, alguns parágrafos:

"(...) Como na Palestina e no Líbano, o islamismo radical está em expanção no 'pólo de perturbações'. Com seus diversos elementos, e apesar de todas as reservas que pode inspirar, ele constitui a principal força política a opor-se às armas e à dominação imperialista dos EUA. Enquanto ideologia messiânica para o sucesso futuro, pela qual os militantes estão dispostos a sacrificar a própria vida, em parte o islamismo radical toma o lugar do que foram, por exemplo, o anarquismo ou o comunismo do século 19 e 20.Ainda que esta comparação possa chocar..."
(...)
"...A concorrência das empresas destes países (os ditos subdesenvolvidos em desenvolvimento) torna-se mais ameaçadora. Já existem cerca de 25 multinacionais globais nos países do hemisfério Sul e,em breve, haverá uma centena. As ofertas espetaculares de aquisição vão se multiplicar, como a do grupo chinês National Offshore Oil, que foi impedido de comprar a petroleira estadunidense Unocal, ou a fusão da siderurgica indiana Mittal Steel com a Arcelor européia.
Conseqüentemente, pode-se apostar que a globalização está se aproximando do final de um ciclo. Com seu dinamismo atual, ela poderia ameaçar o domínio das velhas potências de sempre. Portanto, uma nova onda de protecionismo não deve ser excluída..."
(...)
"... Neste sucinto panorama da nova situação mundial, estes fatos - alerta quantoàs alterações climáticas e o fim da era do petróleo - anunciam-se para a humanidade como dois dos maiores desafios a serem enfrentados."

.